A Black Friday é uma das datas mais esperadas por quem quer aproveitar descontos especiais para fazer boas compras.
Porém, pelo alto volume de consumo dessa época, muitas pessoas mal intencionadas se aproveitam para enganar e lucrar em cima da desatenção de outras.
Esses golpes têm aumentado nos últimos anos, principalmente no que se refere ao ambiente digital – já que os comércios online e as transações tem evoluído e criado novas oportunidades de vendas.
Por isso, nesse artigo, vamos entender um pouco mais sobre esses golpes e te mostrar como é possível se defender deles. Confira!
Os golpes mais comuns na Black Friday
Além dos golpistas, muitas vezes as próprias lojas têm comportamentos abusivos em relação às vendas da Black Friday. Por isso, é importante ficar de olho nessas práticas para evitar perder dinheiro.
Lojas
Um dos golpes mais praticados na Black Friday é chamado de “metade do dobro”. Isso acontece quando os preços são inflacionados períodos antes da Black Friday e são reduzidos no dia, criando uma falsa ilusão de desconto.
Hoje em dia, no caso das compras online, já é possível perceber melhor essa prática. Alguns portais, como o Buscapé, oferece um histórico de ofertas de um determinado produto, em que o consumidor pode verificar se está acontecendo essa prática e tomar uma decisão de compra mais acertada.
Existem outras práticas abusivas de empresas, às vezes já consolidadas, em relação ao período da Black Friday. Um exemplo comum é a mudança de preço no carrinho de compras. Ou seja, os sites montam um ambiente de pressão com relógios de contagem regressiva ou anúncios que promovem o senso de urgência e o consumidor se apressa para finalizar a compra sem verificar os detalhes.
Nesse momento, o preço pode ser alterado, voltando ao valor original sem o desconto anunciado, e o cliente só percebe o erro após o pagamento.
Além disso, o custo do frete também pode ser manipulado de forma abusiva. Alguns lojistas oferecem produtos com valores atraentes, mas compensam o desconto cobrando taxas de entrega extremamente altas, que deixam o pedido final bem mais caro.
Outro problema recorrente é o prazo de entrega abusivo. Muitas vezes, o preço e as condições parecem vantajosos, mas os prazos são longos ou as entregas sofrem atrasos significativos, frustrando o consumidor. Para evitar essas situações, é importante redobrar a atenção antes de concluir qualquer compra e verificar todos os detalhes.
Golpistas
É preciso ter atenção ao golpe é o do site falso, em que os golpistas copiam, de maneira muito certeira, os sites de grandes varejos. Dessa maneira, as pessoas que fazem compras por esses sites tem seus dados roubados e ficam sem o produto que compraram por lá, já que se trata de uma venda falsa.
Também é preciso ter cuidado com mensagens com links para promoções ditas como “imperdíveis” durante a Black Friday. Isso porque muitos golpistas aproveitam para aplicar a técnica do phishing, que se trata de criar sites fraudulentos para roubar informações sensíveis ou instalar malwares no dispositivo.
Outro golpe é a venda de produtos falsificados como se fossem originais. Isso é comum em itens de alto valor agregado, como eletrônicos e perfumes.
Ainda existem os golpistas que exigem pagamento via transferências bancárias, boletos falsos ou Pix – que são métodos que dificultam o rastreamento. Após a transação, o contato com o vendedor desaparece, e o consumidor fica sem o produto e sem o dinheiro.
Como identificar possíveis golpes?
Você já deve ter escutado o dizer “é bom demais para ser verdade”. Quando se trata das compras, principalmente online, esse é um dos primeiros mandamentos. Ou seja, quando você se deparar com promoções extremamente vantajosas ou preços muito baixos, desconfie de que pode ser uma fraude. Para isso, a dica é verificar o preço médio daquele produto em outras lojas e analisar se aquele desconto pode ser real.
Além disso, vale verificar a reputação da loja, principalmente se for comprar em um site desconhecido. Busque avaliações de outros consumidores em plataformas como Reclame Aqui, Procon e nas redes sociais.
Ao receber endereços de links de grandes marcas, verifique se o link realmente está correto e se não há troca de letras ou uso de domínios desconhecidos. Sempre confira se o site tem certificado SSL (aquele cadeado ao lado do endereço na barra de pesquisas do seu navegador).
Além disso, se receber uma oferta por e-mail, SMS ou WhatsApp, prefira acessar o site oficial da loja manualmente pelo navegador. Isso evita ser direcionado para páginas falsas.
Também é interessante que você priorize métodos de pagamento que oferecem proteção ao consumidor, como cartão de crédito, ainda mais nos casos em que não há garantia de entrega.
Como se proteger de golpes na Black Friday?
Para se proteger dos golpes, é importante que você planeje suas compras antes de tudo. Isso porque, com o seu planejamento, você poderá acompanhar os valores ao longo de um tempo e pesquisar ofertas antigas para entender se o desconto é real.
Antes de realizar uma compra na Black Friday, ative os alertas de segurança do seu banco. Assim você consegue ser notificado, em tempo real, das compras que são realizadas em seu cartão e pode entrar em contato com o banco rapidamente caso identifique algo suspeito.
Vale dizer também sobre a importância de usar redes seguras, então evite comprar em em redes Wi-Fi públicas, pois elas podem ser vulneráveis a interceptações. Prefira usar sua rede de dados ou uma conexão doméstica protegida.
Esteja com o seu antivírus atualizado para bloquear páginas falsas e proteger seus dados contra malwares.
Mas, e se você cair em um golpe? O que fazer? Nesse caso, o primeiro passo é entrar em contato com o banco em que realizou o pagamento para tentar cancelar a compra. Depois disso, denuncie a loja falsa para a Polícia Civil e o Procon. Você pode registrar seu boletim de ocorrência sem sair de casa, apenas pela internet.
Se for possível, alerte outros consumidores sobre o ocorrido. Use sites de reclamação e as redes sociais para evitar que outras pessoas caiam no mesmo golpe.
Todas as informações presentes neste e em outros artigos PIXIN podem passar por mudanças ao longo do tempo. Verifique atualizações com as instituições e empresas mencionadas.
Referências:
Leia mais sobre assuntos financeiros em: https://pixin.com.br/category/blog/