Muitos podem se perguntar o que é a taxa Selic e como ela funciona. Apesar de ser um assunto recorrente na mídia, poucos entendem, de fato, como essa tarifa impacta no dia a dia do consumidor brasileiro.
Criada como uma ferramenta de controle dos juros básicos da economia, essa taxa não apenas influencia os bancos, mas também a vida do comprador. As últimas movimentações indicam um aumento para 2025, o que significa algumas mudanças no cenário financeiro.
Entenda de forma simples como isso impacta o seu bolso e o que esperar dessa tarifa!
O que é a taxa Selic?
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como referência para todas as demais taxas de juros no país. Por exemplo, como aquelas aplicadas em empréstimos, financiamentos e investimentos.
O termo Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, um sistema eletrônico onde instituições financeiras negociam diariamente títulos do Tesouro Nacional. Apenas o Banco Central e essas instituições têm permissão para operar nesse ambiente, o que significa que pessoas físicas não têm acesso direto.
A taxa Selic corresponde aos juros cobrados nas operações envolvendo esses títulos públicos.
Quem define a taxa Selic?
A decisão fica a cargo do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ele se reúne a cada 45 dias para avaliar o cenário econômico, considerando fatores como inflação, crises internacionais e eventos como secas ou conflitos.
Com base nessa análise, o comitê decide se vai aumentar ou diminuir a Selic será elevada, ou ainda se ela ficará no mesmo patamar.
Qual é a taxa Selic hoje?
Na última reunião do Copom, no dia 29 de janeiro de 2025, a decisão foi aumentar a taxa Selic para 13,25% ao ano. Esse valor representa um aumento em relação ao encontro anterior, em dezembro de 2024, quando a taxa estava em 12,25% ao ano.
Desde setembro de 2024, o Copom promoveu sucessivos aumentos na Selic. Com a decisão mais recente, eles somam quatro altas consecutivas, sendo que as três últimas foram de 1 ponto percentual cada, um movimento conhecido como “choque de juros”.
Como o aumento da Selic impacta o seu dia a dia?
Pode parecer que a taxa Selic é algo que influencia apenas as instituições financeiras, mas, na verdade, ela também acarreta consequências para o consumidor brasileiro, especialmente nas ofertas de crédito.
Na prática, quando o Banco Central aumenta a Selic, ocorre uma alta nos juros, que diminui a oferta de crédito e a circulação do dinheiro. O objetivo é reduzir o consumo e evitar uma alta descontrolada da inflação.
Enquanto isso, se a taxa Selic diminui, o efeito é oposto. O crédito se torna mais acessível, incentiva o consumo, aquece a economia e aumenta a inflação dos preços quando está muito baixa.
Considere o seguinte cenário: se o consumidor está sem dinheiro, ele procura o cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Se a taxa Selic está muito alta, os bancos repassam esse juros, e menos pessoas conseguem usar o crédito.
Sem dinheiro, elas não conseguem comprar. E se existe menos procura, os preços tendem a baixar, reduzindo a inflação.
Agora, se a taxa Selic diminuir, os juros também caem. Isso significa que os bancos repassam o crédito de forma mais acessível. Com mais dinheiro, as pessoas voltam a comprar. Mais procura gera mais inflação e valorização dos produtos.
Nesse cenário, com o aumento da taxa Selic, a expectativa é que exista menos crédito circulando no mercado e os preços tendem a baixar. Além disso, é uma boa hora para investir na poupança e nos títulos públicos. Afinal, os juros altos pagam mais rendimentos.
Esse cenário da taxa Selic é definitivo?
A boa notícia é que a taxa Selic muda a cada 45 dias, e esse cenário também acompanha essas mudanças. Ou seja, mesmo que esteja alta agora, ela pode mudar nos próximos meses.
Quando atingir o objetivo de reduzir a inflação, a tarifa volta a diminuir, liberando mais crédito na circulação. Os preços irão se aquecer gradualmente, fazendo com que a economia brasileira volte a prosperar.
Claro, esse período de alta pode influenciar no acesso a financiamentos, empréstimos e cheque especial. Por isso, os consumidores devem se preparar para guardar mais dinheiro. Por outro lado, os preços irão cair, e será mais fácil adquirir produtos. A recomendação é acompanhar os indicadores de mercado e manter o equilíbrio de crédito.
Todas as informações presentes neste e em outros artigos PIXIN podem passar por mudanças ao longo do tempo. Verifique atualizações com as instituições e empresas mencionadas.
REFERÊNCIAS:
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/taxaselic
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