O sonho da casa própria é comum a muitos brasileiros e o financiamento de um imóvel na planta é uma das opções para a realização desse sonho.
Isso porque a opção de um imóvel novo, altamente personalizável e com um potencial de ter umbom valor de mercado é bastante atrativa. Porém, essa decisão deve ser bem pensada para ver se realmente tem a ver com o perfil e as necessidades do comprador.
O que significa comprar um imóvel na planta?
O chamado “imóvel na planta” é o imóvel que ainda está em projeção ou em fase de construção. Sendo assim, essa compra é baseada pelos referenciais fornecidos pela construtora e o comprador acompanha todo esse processo até a entrega.
Diferente dos imóveis prontos, o financiamento permite que o pagamento seja realizado em parcelas. Sendo assim, o financiamento pode ser dividido em duas fases principais: a fase de obra e a fase pós-entrega.
Na fase de obra, o comprador fará o pagamento da entrada (que costuma corresponder a 30% do valor do imóvel). Nesse tipo de financiamento, o valor da entrada costuma ser maior para garantir o seguimento das obras e evitar atrasos na entrega do imóvel. Algumas construtoras também dão a opção de diluir o valor da entrada no valor das parcelas do imóvel, que também começarão a ser pagas nessa fase.
Vale dizer também que, durante essa fase, os pagamentos não sofrem incidência de juros, mas são corrigidos pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Esse índice reflete a variação dos custos da obra, então o valor das parcelas pode variar durante essa fase, por conta das oscilações do índice.
Na fase pós-entrega, o pagamento pode ser realizado à vista ou o comprador pode fazer um financiamento por banco ou instituição financeira. Nessa fase, é possível habitar o imóvel, mas as parcelas do financiamento devem continuar sendo pagas, agora com os juros convencionais.
O financiamento da fase pós-entrega costuma oferecer prazos mais longos, com taxas que variam de acordo com o banco escolhido.
Vantagens do financiamento de imóvel na planta
Em relação às vantagens, uma das maiores é o potencial de valorização dos imóveis na planta. De acordo com dados do mercado imobiliário, os apartamentos na planta costumam valorizar entre 15% e 40% apenas durante o período de construção. Ou seja, conforme a construção avança e o bairro se desenvolve, a tendência é de valorização, o que pode gerar um retorno financeiro interessante ao longo do tempo.
Isso é bem interessante para quem busca fazer do imóvel uma espécie de investimento, já que podem revendê-lo por um valor superior após a conclusão da obra, aproveitando a sua valorização.
Outra vantagem do financiamento de imóvel na planta é que essa modalidade traz mais facilidade de compra. Isso porque, na fase de obras não há o pagamento de juros, favorecendo o planejamento financeiro do comprador. Além disso, os valores podem ser parcelados, permitindo uma maior organização.
E o processo de compra não é facilitado apenas em relação ao pagamento, mas também para a burocracia de documentos. Como esse processo é intermediado pela construtora, é ela quem fica responsável de te orientar nesse sentido. No caso da compra de imóveis já construídos, o futuro morador precisar reunir diversas guias de pagamento, registros fiscais, tributários e até mesmo precisar da regularização para fazer a compra.
Ao financiar um imóvel na planta, o comprador tem a chance de personalizar acabamentos, pisos, revestimentos e escolher cores de pintura durante o processo de construção. Ou seja, é possível deixá-lo com a sua cara sem precisar gastar mais por isso.
Além disso, os imóveis na planta são entregues com uma infraestrutura nova e de padrões modernos, diminuindo, por muito tempo, a necessidade de reformas e melhorias. É comum também que os empreendimentos contem com condomínios completos, que possuem áreas comuns como academia, piscina, salões de festas, quadras esportivas e outras estruturas que visam oferecer mais qualidade de vida aos moradores.
Possíveis desvantagens
Uma das principais queixas de quem financia um imóvel na planta é o atraso na entrega dos imóveis. Apesar das construtoras estabelecerem prazos, é comum que imprevistos aconteçam, o que pode atrasar a conclusão da obra. É importante que o comprador esteja preparado para possíveis mudanças na data de entrega.
Durante a fase de construção, o valor das parcelas é corrigido pelo INCC, o que pode aumentar o custo total. Por isso, o comprador deve ficar atento a essas mudanças e considerar esse fator ao planejar o orçamento.
Ao considerar um financiamento, é preciso pesquisar com atenção sobre a construtoras envolvidas no projeto. Isso porque, no caso das menos experientes, alguns empreendimentos podem ter uma qualidade inferior ao estudado. Sendo assim, certifique-se que você está fazendo um acordo com uma construtora bem avaliada e com um histórico confiável de entregas.
Embora a valorização seja bastante comum, vale lembrar que é um mercado que pode oscilar. Em períodos de crise, por exemplo, o imóvel pode sofrer uma desvalorização e o investimento ser menor do que o esperado. Por isso, vale estudar a localização e entender o potencial de valorização daquela área, principalmente se for um investimento.
Por fim, a dica é contar com um advogado especializado em imóveis para revisar todas as cláusulas antes de assinar o contrato. Assim, você garante que seus direitos e suas expectativas estejam protegidas, principalmente em relação a prazos, taxas adicionais e reajustes.
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Referências:
https://www.direcional.com.br/
https://sonharemorar.mrv.com.br/
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