Neste artigo você vai descobrir o que acontece com um consórcio em caso de morte de um dos membros!
A morte de uma pessoa afeta muitos aspectos da vida de quem fica, incluindo questões financeiras e jurídicas. Muitos se perguntam o que acontece com as dívidas, os processos, o patrimônio e até o andamento de empréstimos e consórcios dessas que se foram.
Em tese, quando alguém morre, todo o conjunto de bens (casa, carro jóias, etc), direitos e deveres é deixado para os herdeiros. Contudo, se existem dívidas, estas, em geral, não são pagas pelos que ficam, mas sim, pelo patrimônio e, o valor que sobra, é dividido pelas partes.
Mas e se a pessoa que morreu estava participando de um consórcio. Quem vai assumir as parcelas e ficar com a carta de credito? É isso que vamos descobrir neste artigo.
Entendendo o consórcio:
Antes de mais nada, precisamos entender o que é o consórcio e como funcionam seus fundos e as taxas cobradas. Sabendo disso, será mais fácil visualizar como se dão as questões burocráticas em caso de morte de um dos membros do grupo. Vamos lá!
O que é um consórcio?
O consórcio é realizado para que as pessoas envolvidas possam atingir um objetivo comum, como comprar um carro, por exemplo. Por isso, o grupo precisa fazer pagamentos regulares em forma de parcelas mensais e juntos formam um fundo coletivo.
A cada mês, uma ou mais pessoas (a quantidade vai depender de consórcio para consórcio) são contempladas e recebem a carta de crédito com o valor do bem que desejam adquirir.
Esta acaba sendo uma forma econômica e organizada de realizar seus objetivos, no entanto, todos devem estar cientes de que sua vez de ser contemplado pode levar meses ou até anos, então digamos que pode não ser uma maneira rápida de adquirir o valor, mas sim, segura e eficiente.
Como funcionam os fundos dos consórcios?
As parcelas pagas por cada consorciado compõem a verba do consórcio. Imagine-o como um “pote” de dinheiro que agrega valor à medida que mais pessoas contribuem.
O dinheiro é retirado desse fundo para permitir a compra do bem desejado quando alguém for contemplado, ou seja, selecionado por sorteio ou lance para receber a carta de crédito.
Como funcionam as taxas de consórcio?
É aqui que começamos a adentrar no conteúdo deste artigo. Os consórcios geralmente cobram taxas de administração para compensar os custos operacionais da organização que supervisiona o grupo. Mas além dessa taxa e do fundo em comum, existem outras cobranças para garantir a segurança dos consorciados, são elas:
- Seguro de vida ou proteção contra inadimplência:
Quando entramos em um consórcio, desejamos melhorar de vida em algum aspecto e, dificilmente alguém espera morrer ou ficar sem dinheiro para pagar as parcelas ao longo do processo. No entanto, fatalidades e imprevistos acontecem, por isso, a maioria das administradoras inclui seguro de vida ou proteção contra inadimplência como parte das taxas mensais.
O objetivo é resguardar a família do consorciado e os demais participantes em caso de falecimento ou impssibilidade de pagamento do mesmo, garantindo o mantimento do valor.
- Fundo de Reserva:
O fundo de reserva é uma quantia reservada para cobrir quaisquer custos imprevistos que possam surgir durante o período do consórcio. Os participantes contribuem mensalmente para esse fundo, que só é acessado quando e se necessário.
- Taxa de Quitação Antecipada:
Algumas vezes, os consorciados têm a oportunidade de serem contemplados antes do sorteio por meio de lances. Para que isso ocorra, você deve pagar uma taxa adicional conhecida como “taxa de contemplação antecipada” e o lance mais alto tem a chance de ser aprovado mais rapidamente.
É importante ressaltar que custos e regras podem mudar dependendo da administradora do consórcio e do tipo de produto ou serviço que está sendo adquirido, por isso, é fundamental ler e compreender o contrato, bem como todos os detalhes sobre as taxas e custos envolvidos, antes de assinar um consórcio.
Consórcio em caso de morte – quais as implicações?
Agora que sabemos como funcionam os consórcios e vimos que existem taxas que garantem as políticas de segurança tanto dos consorciados quanto dos familiares, vamos a questão central deste artigo: o que acontece com o consórcio quando a pessoa morre.
É natural que surjam preocupações sobre o que acontecerá com o compromisso de um membro do consórcio em caso de morte. Além do que conversamos anteriormente sobre o seguro de vida, saiba que, em alguns consórcios, o título pode ser transferido para um herdeiro ou outro membro da família. Isso significa que, no momento da contemplação, a pessoa indicada poderá receber a carta de crédito, após pagar as parcelas restantes.
Quem recebe a carta de crédito de um consórcio em caso de morte?
Com base nas regras do consórcio e na legislação vigente, a situação neste caso pode variar muito. Em algumas circunstâncias, o herdeiro direto ou o beneficiário designado pelo falecido durante sua vida, pode receber a carta de crédito. Contudo, é importante lembrar que isso vai depender das disposições e políticas contratuais de cada empresa.
Em outras situações, a carta de crédito pode ser utilizada ainda, para quitar parcelas não pagas, o que é vantajoso para os consorciados como um todo. No entanto, precisamos ressaltar que os herdeiros ou beneficiários, ao optarem por assumirem o consórcio do seu ente falecido, devem estar cientes de que algumas taxas não são reembolsáveis.
É possível vender a cota de consórcio do falecido?
Sim, neste caso, os herdeiros ou beneficiados podem procurar pessoas que estejam interessadas no consórcio e vender a cota. Isso pode ser feito de forma independente ou com a ajuda da administradora, mas é importante estar ciente de que a venda da cota pode não ser tão simples quanto parece à primeira vista, pois pode exigir negociações com outros membros do grupo e consideração de questões contratuais.
Afinal, qual a melhor maneira de proteger sua família ao entrar em um consórcio?
Infelizmente imprevistos acontecem, sejam eles causados por morte prematura ou não. Por isso recomendamos sempre que ao assumir um compromisso, você respalde as pessoas que os cercam e a melhor maneira de fazer isso, é pagando as parcelas em dia, inclusive do seguro de vida e de inadimplência que comentamos anteriormente.
Assim, em situações adversas, as parcelas que faltam serão cobertas pela própria administradora, aliviando a pressão sobre a família e os demais membros do grupo.
Todas as informações presentes neste e em outros artigos Pixin podem passar por mudanças ao longo do tempo. Verifique atualizações com as instituições e empresas que lhe interessarem.
Referências:
Leia mais sobre os consórcios em: