Alavancagem Financeira: Vale a pena fazer empréstimo para investir?

Você já considerou a ideia de pegar um empréstimo para investir? Essa é uma prática chamada de alavancagem financeira. Apesar de ser uma alternativa que pode trazer lucros significativos, é preciso ter em mente os riscos que ela pode trazer.

O que é alavancagem financeira?

A alavancagem financeira, como o nome sugere, é a prática de utilizar dinheiro de terceiros para investir, de modo que isso aumente o poder de compra. Nesse caso, estamos falando do caso em que o dinheiro advém de um empréstimo.

A ideia dessa prática é gerar um retorno que supere o custo do empréstimo, permitindo que o investidor conte com uma quantia maior que possui para investir, aumentando sua chance de ganhos – e os seus riscos.

A alavancagem funciona da seguinte forma: você tem R$5.000 reais e, com base em uma análise de mercado, percebe que é uma boa hora de entrar com um valor maior pela alta possibilidade de ganhos. Então resolve pegar um empréstimo de R$5.000, somando R$10.000 de capital investido e aumentando o poder de investimento.

Caso a operação renda acima do valor de juros do empréstimo, a alavancagem será muito benéfica. Mas caso o processo não corra como o esperado, o investidor terá um prejuízo.

Vantagens da alavancagem financeira

Quando você tem um alto potencial financeiro para investir, há uma maior possibilidade de ganho, principalmente em mercados com alta rentabilidade como o mercado de ações, criptomoedas e o setor imobiliário.

Sendo assim, uma das principais vantagens dessa prática é o acesso a oportunidade de investimentos que demandam um capital inicial elevado. Isso é relevante em momentos que os ativos estão abaixo do valor de mercado, por exemplo, pois permite que o investidor lucre bastante quando o ativo valoriza.

Além disso, quando você pega um empréstimo e faz o pagamento em dia, você constrói um histórico de crédito positivo, que facilita a aprovação de financiamentos futuros.

Outro benefício é que, com o aumento de capital disponível, você pode diversificar os seus investimentos e isso reduz bastante o risco de perdas significativas.

Por exemplo, ao invés de investir apenas em ações, que são ativos mais voláteis, você pode dividir o seu dinheiro entre renda fixa e fundos imobiliários.

Desvantagens da alavancagem financeira

Um dos maiores riscos da alavancagem é o risco do endividamento. Mesmo que o investimento não renda o esperado, você ainda terá que pagar o empréstimo e os juros, o que pode afetar sua renda mensal.

Outro possível problema é a desvalorização dos ativos que pode afetar o investimento. Esse risco aumenta em relação aos mercados mais voláteis, como as ações e as criptomoedas, mas também pode afetar mercados mais estáveis, como o de imóveis.

O custo do juros também é algo que pede atenção. Em tempos de taxas elevadas, pode ser difícil encontrar investimentos mais seguros que superem o custo do empréstimo. Por isso, é importante analisar bem o cenário para concluir se essa prática vale a pena.

Vale dizer também que como os empréstimos exigem um pagamento fixo, a renda fica comprometida por um tempo, o que pode diminuir a sua capacidade de fazer novos investimentos por um tempo.

Uma alavancagem segura

Para fazer uma boa alavancagem, é preciso olhar para o cenário dos juros e aproveitar quando eles estão em baixa. Assim fica mais fácil de encontrar investimentos com o retorno superior ao custo do empréstimo.

Também é preciso investir uma parte do valor em ativos considerados mais seguros, para minimizar um pouco os riscos. Mas é necessário que o mercado esteja favorável para garantir a valorização desse bem.

Além disso, vale ficar de olho nos investimentos de longo prazo, como ações de empresa bem estabelecidas no mercado ou de imóveis, que se valorizam com o tempo. A alavancagem pode funcionar bem com esse tipo de investimento, contanto que o custo do empréstimo seja bem administrado.

Em relação ao empréstimo, é importante escolher um com taxas fixas, porque assim é mais fácil de prever o custo total e se proteger das flutuações inesperadas dos juros.

Uma dica é separar um valor para emergências, evitando utilizar o empréstimo inteiro de uma vez. Isso pode ser interessante para te ajudar a recalcular a rota caso as coisas não aconteçam como o esperado.

Por fim, antes de realizar o empréstimo, simule possíveis cenários de queda do ativo para entender até onde as perdas afetam a sua economia. Também é preciso estudar bastante sobre os tipos de investimento para entender como cada um deles pode impactar a sua carteira.

Saiba Mais

Todas as informações presentes neste e em outros artigos PIXIN podem passar por mudanças ao longo do tempo. Verifique atualizações com as instituições e empresas mencionadas.

Referências:

https://www.infomoney.com.br/

https://www.gruposifra.com.br/

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